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quarta-feira, 20 de outubro de 2010

CAPITULO 1 — Márcia

CAPITULO 1 — Márcia

Sentia-se perdido, não conseguia mais encontrar seu lugar no mundo, as vezes se questionava se deveria ter mesmo nascido, e nascer é se relacionar com os outros o tempo inteiro, ele se achava péssimo em relacionamentos.
Márcia tinha passado a vida inteira buscando, procurando, encontrando e perdendo, não acreditava em coisas como almas gêmeas, ou essas baboseiras todas de revistas de adolescentes, era uma garota meiga inteligente bonita, mas como toda mulher tinha suas neuras.

Ele estava sentado digitando algum texto sobre amor ou paixão que postaria na manha seguinte em algum dos sites que escrevia de repente um desses sites de relacionamentos o qual fazia parte, como todo o brasileiro deveria fazer, o chamou a atenção, uma garota fã de Clarisse Lispector. Começaram a conversar e dessa conversa nasceu algo novo para ele.

Ela estava em casa, chovia e não se tinha muito que fazer até que um estranho a chama na internet, ela provavelmente tenha dado atenção apenas por sua boa educação, mas aos poucos aquele homem misterioso, com as mais belas palavras a tocou onde ninguém jamais a havia tocado antes, no coração.

Engraçado que para ela, ele foi o único que não batia na tecla da beleza que ela achava não mais possuir, e o engraçado para ele é que já estava farto de procurar pela pessoa ideal.

E foram conversando e em algum momento descobriram o quanto fazia falta estar plugado aquela máquina solitária, embora naqueles momentos parecesse que estavam um do lado do outro, mas nem tudo eram rosas, e se fosse perfeito não seria tão perfeito. Em algum momento eles discutiram por pontos de vista divergentes sobre o mesmo tema, e dessa discussão ficaram sem se falar por alguns dias, o que não durou muito tempo, por que a saudade era tão intensa a ponto de perceberem que estavam apaixonados.

Quando finalmente decidiram se encontrar, ambos buscavam a panacéia para o coração afligido pela dor, e quando os olhos se encontraram, tudo parecia fazer sentido, e mais uma vez para ambos brotara o sentimento.

Onde eu quero chegar com tudo isso, não sei, só o tempo dirá ela disse, e o tempo vai cuidar de aumentar as páginas desta história, que espero que seja uma genuína história de amor.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Medo da morte

O sorriso sincero, os dedos mexendo nos cabelos
O medo de abrir os olhos e ver que tudo sumiu
Os passos apressados
A luta contra o relógio
O tic tac pulsante de um coração que não se alegra mais
Os tempos de Paz
Agora de guerra
Já foram pra terra
Tarde demais
A vida perfeita
A hipocrisia
A janela fechada
A casa vazia
O filhos chorando
E ele emburrado
em um canto da sala
sem falar com ninguem
Não quer aceitar
acabou perdendo
quem mais importava
E a vida passou
E tudo mudou
Hoje aquele garoto agora é um avô
E quando partir ele vai se lembrar
Diz que está tudo bem
e pede a todos
Não precisam chorar!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Cocaína

Tudo te empurra pra algum lugar
contra as rochas na praia
na contra-mão da estrada
Da escuridão eu vejo os olhos que um dia brilharam
Te condenando por voce não estar mais lá
por ter partido
ter deixado pra traz.

O tempo se encarrega de te levar ao pó
E o pó te deixa sem sono.
O efeito é todo em dominó
E te carrega pra longe daqui

Da escuridão eu vejo a dor
o medo
o amor
as mentiras.

O fardo que não podemos carregar
e a fina trilha de doces que leva em direção ao inferno.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Desconhecido

Eu sou a luz das estrelas apagadas pelo tempo
Sou todo o chão quando as pessoas pisam olhando o firmamento.
Sou uma fração de segundo tão pequena
dentro de cada momento

Nem exsito mas estou lá
como uma dor que incomoda
como uma felicidade inexistente
latente, latente.

Sou a luz em noite sem lua
Sou a vida que termina
que começa
que culmina.

Te fulmino mas me adianto
em passos largos
pra fugir de voce hoje
e no futuro te encontrar

Sou o medo de tudo o que conheço
e sou o desconhecido que não se tem mais preço.

(JSG)

Desânimo

Eu tô desanimado...

Acho que a ultima vez que me senti animado foi quand ocomi sozinho pote de sorvete com sete anos de idade, daqueles de 2 kg...

Depois disso, não. Acho que não

O mundo é trágico...

Pq se fosse mágico a gente saberia que tem sempre um truque por tras da ilusão...

E no fundo a Ilusão é tudo culpa nossa...

Nos achamos espertos, nos achamos inteligentes,

mas no fundo nem mesmo sabemos nos encontrar, e vivemos em busca de nos mesmos em outras pessoas durante toda a vida!

Pois é...

Mas o legal do desânimo é que podemos ver a vida por um outro angulo,

Um angulo que não seja cegado por algum sentimento que te consome.

Mas saiba aproveitar bem esse momento.

Dura pouco...

Sempre achamos alguém, com um sentimento para nos consumir...

E vamos seguindo.


James S. Garden

Á sombra de uma Arvore

Ele olhava a foto no maldito monitor do computador, a era da digitalização não deteriorava os sorrisos das pessoas, e não deixavam as lembranças serem apenas lembranças em arquivos da memória do seu cérebro para serem puxadas.

Puxou um cigarro do maço amassado, estava molhado devido a chuva que havia tomado a poucas horas, a chuva escondia as suas lagrimas enquanto andava, mas no seu quarto escuro ele podia deixá-las descer sem medo.

Medo era a palavra chave em tudo, o medo de não dar certo, o medo de ser como antes, era vivo era real, as pessoas geralmente viviam em sonhos, ele não, o tempo de sonhar havia passado, o pesadelo havia começado e ele não sabia se um dia iria conseguir amar outra vez.

Outra vez passou na cabeça todos os momentos bons e ruins, pesou os prós e os contras e na verdade nãohaviam contras, ele não conseguia encontrar um motivo, nunca houve motivos, sua confusão era tão esclarecedora que não fazia sentido.

O sentido era o que tentava achar em pontos desconectados da realidade, se era real tinha de fazer sentido, se era real tinha que parecer palpável, mas as palmas de suas mãos calejadas de tanto agredir qualquer ferramenta de trabalho para esquecer o inevitável tinha acabado com ele.

Ele era apenas uma sombra agora sentada em um sofá, seus cabelos negros cobriam seu rosto, sua barba por fazer dava um tom de tristesa densa ao quadro que fora pintado, ele antes era cheio de luz, era o herói e em algum ponto da história se tornou o vilão.

Vilão de sua própria história apenas esperando o momento fatídico em que o herói o apunhalasse sentindo que o que faz é o certo, enquanto ele incompreendido mesmo não estando errado vai virar uma lembrança de triunfo na face do herói quando ele tombar, ferido, destruido, humilhado.

PARTE 2

Levantou-se, alguma coisa estava errada, ele não era assim, ele era o que era e sabia quem era, ele era o único, imcomparável, todo o potencial desperdiçado de uma vida cheia de tédio preencida por lacunas de promessas não cumpridas, preenchida por espaços solitários em sua propria mente inquieta, ele era.

Era uma vez, ou duas, na terceira ele pulou o capitulo, pegou a estrada e decidiu ir direto ao ponto da punhalada, precisava confrontar o "herói".

Aquele homem sorrindo por viver uma vida que era a sua, um sonho que era o seu não merecia ter o que tem, sentou-se de frente ao homem enquanto o mesmo tomava qualquer coisa em um banco de uma praça mau iluminada.

O cheiro de esterco e as vozes abafadas das pessoas ao longe denunciava que estavam sozinhos, ele estava oculto nas sombras de uma arvore, a contra luz, ninguem podia vê-lo, ficou paralizado ao imaginar que talvez algum dia alguem o tivesse observado também, no momento em que era feliz, e se perguntou o que estava fazendo alí, tanto ele quanto o homem longe de todos.

Então ela veio, alta, loira, bonita e casada com outro, como sua aliança denunciava. Abriu um sorriso para aquele homem e o abraçou, ele acompanhou a cena quando os dois entraram em um carro e os vidros embaçaram, aquele sujeito havia passado dos limites, era humano como todos os outros, era fraco, vulgar, sujo.

Ponderou por tempos que não valia a pena fazer nada, apenas deixaria rolar, teria sua vida de volta, esse tipo de coisa não ficaria escondida por muito tempo.

Sem fazer ruido algum deslizou pelas sombras até sua motocicleta e queimou o asfalto.

Voltou para seus aposentos, ligou o computador, a foto que não deteriorava e o cigarro ainda molhado estavam o esperando.

Sorriu ao pensar que todo mundo constroi seu próprio inferno, mas ninguem sabe onde está o seu céu.

Seu céu era um pedaço de pizza fria, um copo de café e inumeras possiblidades para um futuro ainda incerto, mas que com certeza lhe trariam seus sonhos de volta.

(JSG)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A PRINCESA DO LAGO

Era linda, era alva.
Seu sorriso era a relva
Era pura, era calma.
Seus cabelos eram selva.

Seu olhar era a lua
e a lua o seu estado
incapaz de odiar
e ser amada era seu fardo

Ora ela era ouro
Em seu estado mais puro
lapidada pelo tempo
que teimou deixar maduro

vira vento ventania
vera voz veloz sabia
era sempre sobre sina
que a vida então termina.

era ouro
era ela
era seu sorriso largo
era ouro
era ela
a minha princesa do lago.

(JSG)

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Frio e escuro

O quarto era apertado e o cheiro de mofo impreguinava as narinas, alem dele sentia-se o cheiro de ferro, talvez sangue, não sabia quanto tempo havia se passado, estava frio, escuro, sentia fome.

Talvez ali fosse o inferno, não recebera visitas de ninguem desde que acordara, sua voz não saia, seu corpo estava paralizado.

O som que ouvia as vezes era de chuva, abafada, parecia vir de cima, era aterrorizante ficar ali.

No fim se lembrou, morrera.

Estava em um caixão;

Sem luz no fim do tunel, sem DEUS, sem diabo, sem paz.

Talvez até o inferno fosse mais divertido que o cherio de flores mortas que sentia agora.

pensou na vida.

que nada fizera.

o que fazer?

no desespero?

aceitar;