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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

O picadeiro

(PArte 1)



Quando criança ele fora muito ao circo bandeirantes, hoje conhecido como circo-escola que fica no bairro do penteado na zona norte de São PAulo, agora era a vez de apresentar o espetáulo a sua filhota, a pequena Sophie estava maravilhada com os palhaços, mas James se incomodava com alguma coisa naquele espetáculo bizarro, nada daquilo era engraçado, sem falar que na verdade era até violento.



Em determinado momento quando dois palhaços começaram a trocar injurias no picadeiro ele resolveu pegar sua filha e sair do ambiente, a criança claro começou a espernear e chorar, fazendo-o perder a concentração do caminho que estava seguindo, acabou por entrar em meio as cortinas coloridas e caiu em um salão escuro, o som das risadas da plateia não chegavam ali e percebeu que nos seu braçosjá não era mais a pequena sophie quem se encontrava e sim um palhaço joão bobo.



Entrou em pânico, onde estava sua filha? Que lugar maluco era aquele?



Passou por uma portinhola, era pequena, que tipo de criatura vivia ali? Sentiu um cheiro de ferro, parecia SANGUE? Correu pelo estreito corredor escuro pensando em sua filha apenas, e entrou no verdadeiro picadeiro do circo, corpos mutilados, acho que era por isso que se chamava "PICADEIRO", Dois anões acrobatas vieram em cambalhotas mortais e um ficou em cima das costas do outro olhando fixamente para James.



James pensou: "Estou na merda do além da imaginação, só pode" Agarrou um cutelo que estava preso a um pedaço das costas de alguém caido no chão e com movimentos desincronizados, porem brutos abateu as duas criaturas que sangraram verde fedido, nem eram humanas aquelas merdas, ouviu um grito: "Papai", era a voz de Sophie, correu alucinado ao encontro do Som.

Deu de cara com um palhaço mal vestido, de engraçado não tinha nada, ele fazia a imitação da voz de uma garotinha e sorria com os dentes amarelos, James investiu contra ele com o cutelo, nem estava mais pensando queria apenas achar sua garotinha perdida, mas o palhaço se desequilibrou e caiu, como os palhaços fazem,de propósito, tarde demais, o maldito já havia puxado suas pernas e ele caiu soltando o cutelo, consegui dar um chute na cara do palhaço e correu para a porta que tinha a sua esquerda, era a sala do atirador de facas, pegou uma, aquelas merdas de facas eram cegas e sem ponta, o palhaço veio imitando voz de criança de novo, James não pensou duas vezes: Com a faca cega arrancou o nariz do palhaço... Ninguem ia tocar em sua filha nesse circo de horrores, ele iria achar sua garotinha de qualquer jeito nem que tivesse que passar por cima da mulher barbada a golpes de martelo!

Entrou na parte onde guardavam os animais, ouviu o choro de uma criança, foi se esgueirando o mais rápido que podia, dentro da jaula do leão que lambia os beiços comendo algo que poderia ser uma criança, estavam mais umas quatro criancinhas amontoadas e choramingando
"Que tipo de pessoas doentes mantem este lugar?" Pensou, encontrou uma barra de ferro, talvez usada para alteres e quebrou o cadeado, o leão alimentado nem ligou para sua presença, com a mesma barra prendeu a porta da jaula do animal apos soltar as crianças torcendo a barra. Nunca tinha percebido que poderia ter tamanha força, antes não conseguia carregar sua proópria mochila e agora estava entortando barras de ferro, achou estranho, mas resolveu continuar, tinha uma missão, sua filha estava desaparecida e só ele poderia salvar, e sabia que não havia sido ela que serviu de ração para o leão.

Agora era ele e quatro crianças que perguntavam onde estava seus pais, James prometeu que iria entregá-los a eles.

Quando ele prometia ele cumpria.

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